Foto: https://noticias.unb.br/
GECYCLAN RODRIGUES SANTANA
( Brasil – DISTRITO FEDERAL )
Possui LICENCIATURA PLENA em LETRAS pela Universidade de Brasília - UnB (1984), BACHARELADO em DIREITO pelo Centro Universitário de Vila Velha - UVV (2006), ESPECIALIZAÇÃO em DIREITO PÚBLICO pela Universidade Federal do Espírito Santo - UFES (2008) e MESTRADO em DIREITO PROCESSUAL CIVIL pela Universidade Federal do Espírito Santo - UFES (2012). É professor de LINGUÍSTICA, DE LÍNGUA PORTUGUESA e de DIREITO, com grande experiência, mormente na área linguística. É advogado, professor concursado efetivo do Instituto Federal de Brasília - IFB, foi coordenador de Extensão e Estágio e também do curso de Pós-Graduação Lato Sensu em Gestão Pública do Campus Taguatinga Centro. Atualmente cursa doutorado em direito (Programa Estado de Derecho y Gobernanza Global) na Universidad de Salamanca, na Espanha. Informações coletadas do Lattes em 19/07/2022
Fonte da biografia https: //www.escavador.com/
|
SANTANA, Gecyclan Rodrigues. Até a Flor. Poesia. [sem local, editor] 1980. 66p. Ex. bibl. Antonio Miranda
PAPEL
Papel
gente amassa,
rasga, joga no lixo.
Papel,
a gente encontra por aí,
em qualquer pedaço de rua.
Mas papel,
é tudo que preciso
para rabiscar esperanças.
SOMBRAS
Sombras, espalhadas
entre o silêncio e a luz
na rua pequena,
simplesmente balançam
quando a brisa
varre a cidade.
Como se fosse o tempo
varrendo o mundo,
correndo por entre a claridade
enquanto o medo
se esconde nas sombras,
que mais que abrigo
são pedaços de incertezas.
Que a gente quer perceber,
que a gente
quer se esconder.
CASAMATAS DE MEU PEITO
No barulho de vozes
escondo meus sonhos
(deserto dos meus anos)
retraindo cantigas
sob bombas perdidas
jogadas ao vento.
Na casa do medo,
retocada de olhares,
a poeira disfarçada
se espalha pelos ares.
Como a chuva no jardim,
como a morte em Palmares.
Milhares de caminhos
se escondem em mim;
nas casamatas do meu peito
há tantos sonhos
que brotam como roseiras
nas entranhas do meu ser.
JUNHO TRISTE
Junho chegou triste,
talvez muito longe,
não sei aonde,
o deserto persiste.
É triste o teu bonde,
nada existe.
O concreto assiste
e tudo se esconde.
A dor resiste,
mais um amor suicida
ainda insiste.
*
VEJA e LEIA outros poetas de BRASÍLIA em nosso Portal:
http://www.antoniomiranda.com.br/poesia_brasis/distrito_federal/distrito_federal.html
Página publicada em maio de 2023
|